A recente pesquisa do Datafolha trouxe tanto boas quanto más notícias para Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo. Apesar de enfrentar uma campanha sem espaço na propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio, Marçal conseguiu aumentar ligeiramente suas intenções de voto de 21% para 22%.
No entanto, a rejeição ao candidato tem crescido de forma preocupante. Desde o início da campanha, a rejeição subiu de 30% para 38%, o que pode favorecer a migração de apoios para o atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB.
Ricardo Nunes, que conta com o apoio de figuras como Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, tem se beneficiado da propaganda eleitoral, aumentando suas intenções de voto para 22% e reduzindo sua rejeição de 24% para 21%. Isso lhe dá uma vantagem em um possível segundo turno contra Marçal e Guilherme Boulos.
Marçal, sem tempo de TV, tem se mantido em evidência através de debates e sabatinas, mas sua postura agressiva tem gerado desconfiança entre os eleitores. Durante um debate na TV Gazeta, sua atitude provocativa quase resultou em um confronto físico com José Luiz Datena.
A rejeição a Marçal aumentou após sua participação em programas como o Roda Viva, onde sua arrogância foi mal recebida. Mesmo tentando suavizar seu discurso em sabatinas posteriores, ele não conseguiu dissipar a imagem de estar vendendo promessas vazias.
Em meio à campanha, Marçal anunciou uma pausa para uma série de viagens internacionais, planejando encontros com líderes populistas de direita. Essa estratégia pode afastá-lo de compromissos locais importantes, como o evento de 7 de setembro com Bolsonaro.
A viagem internacional pode ser uma tentativa de Marçal de se reposicionar, buscando apoio de figuras como Donald Trump e Javier Milei. No entanto, essa estratégia pode alienar eleitores moderados que preferem soluções práticas para problemas locais, como infraestrutura e enchentes.
Em resumo, enquanto Marçal tenta consolidar sua base entre eleitores mais radicais, ele enfrenta o desafio de aumentar sua aceitação entre o público mais amplo, que busca um equilíbrio entre ideologia e pragmatismo nas soluções para a cidade.