Lula adota postura cautelosa e fala sobre isso nas eleições na Venezuela

Plimp Malvern
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que não quer se comportar de forma “apaixonada ou precipitada” em relação aos resultados das eleições na Venezuela. Em entrevista à Rádio T FM do Paraná, Lula afirmou que ainda não reconhece oficialmente a vitória de Nicolás Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano em 29 de julho.

Lula ressaltou que Maduro “está devendo uma explicação” ao Brasil e ao mundo sobre o processo eleitoral. O presidente brasileiro enfatizou a importância da transparência e legitimidade dos resultados, destacando que isso é fundamental para que o Brasil continue lutando pela suspensão das sanções contra a Venezuela.

Segundo Lula, a relação com a Venezuela “ficou deteriorada” devido à situação política do país. Ele mencionou ter conversado com Maduro antes das eleições, mas não após o pleito. O presidente brasileiro reforçou a necessidade de que o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano declare publicamente o vencedor das eleições.

Lula revelou que teve reuniões recentes com os presidentes da Colômbia e do México para buscar uma solução para a crise. Ele criticou o fato de Maduro ter enviado os dados eleitorais para a Suprema Corte venezuelana, em vez do Conselho Nacional Eleitoral, que inclui membros da oposição.

Como sugestão, Lula propôs que Maduro poderia convocar novas eleições, estabelecendo critérios para a participação de todos os candidatos e criando um comitê eleitoral suprapartidário. Ele também sugeriu permitir a presença de observadores internacionais para acompanhar o processo.

O presidente brasileiro afirmou que ligará para Maduro, embora não tenha especificado uma data. Lula aconselhou a formação de um governo de coalizão na Venezuela, incluindo a oposição, citando seu próprio governo como exemplo de inclusão de pessoas que não votaram nele.

Lula ressaltou que seu objetivo é obter resultados concretos, não agir de forma precipitada. Ele lembrou que Maduro ainda tem seis meses de mandato pela frente, sugerindo que há tempo para buscar uma solução.

Após as declarações de Lula, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, rejeitou a proposta de realizar novas eleições, afirmando que “a eleição já aconteceu”. Essa reação indica os desafios complexos que envolvem a situação política na Venezuela e as tentativas de mediação internacional.

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