A segunda edição do Web Summit no Rio de Janeiro começou nesta terça-feira, 16 de abril, consolidando-se como um dos maiores eventos de tecnologia do mundo. O evento, realizado no Riocentro, reúne mais de mil startups e investidores, promovendo um ambiente propício para a troca de ideias e formação de parcerias.
O Web Summit é um espaço onde o real e o virtual se encontram, impactando diretamente a vida das pessoas. A estudante Bianca de Albuquerque exemplificou essa fusão ao experimentar uma realidade virtual tão convincente que quase confundiu com o mundo real. No entanto, a tecnologia não precisa de óculos especiais para mostrar seu impacto transformador.
Durante a abertura, os participantes foram incentivados a se conectar uns com os outros, destacando a importância das parcerias. Artur Pereira, diretor-executivo do Web Summit, ressaltou que as startups buscam grandes empresas para apresentar suas inovações, enquanto as empresas procuram tecnologias disruptivas que possam revolucionar o mercado.
Entre as inovações apresentadas, destaca-se o café feito de semente de açaí, desenvolvido por Valda e Lázaro do Amapá. Essa iniciativa não só oferece uma nova bebida, mas também ajuda a resolver um problema ambiental significativo na região, onde os caroços de açaí eram anteriormente descartados de forma prejudicial.
O evento conta com mais de 600 palestras abordando temas como sustentabilidade, matrizes energéticas, criptomoedas e inteligência artificial. Essas discussões são fundamentais para moldar o futuro, oferecendo uma plataforma para que grandes nomes da tecnologia, artistas e influenciadores compartilhem seus conhecimentos com um público ávido por aprendizado.
Um destaque desta edição é a presença feminina, com 45% das startups fundadas por mulheres. A influenciadora Bianca Andrade, por exemplo, compartilhou sua experiência como mulher empreendedora de favela, destacando a força e a inovação que essas mulheres trazem para o empreendedorismo.
A tecnologia também está sendo utilizada para promover a diversidade. A Deb, uma inteligência artificial, foi criada para ajudar empresas a serem mais inclusivas, oferecendo um espaço seguro para discutir questões sensíveis relacionadas a raça e gênero, como explicou Luana Génot, diretora do Instituto Identidades do Brasil.
Por fim, o evento reforça a ideia de que a tecnologia pode ser uma aliada na construção de um mundo mais justo e menos desigual. Bruna Monteiro, diretora-executiva de uma empresa de comunicação, acredita que a tecnologia não apenas destrói, mas também cria novas habilidades que podem acelerar mudanças positivas no mundo.