Dr. Jonatas Lucena explica que o uso de robôs no Telegram para ameaças automatizadas já gera reações judiciais no Brasil.

Robôs do Telegram disparam ameaças automatizadas e Justiça começa a reagir

Plimp Malvern
Plimp Malvern
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Dr. Jonatas Lucena explica que o uso de robôs no Telegram para ameaças automatizadas já gera reações judiciais no Brasil.

O crescimento de crimes digitais cometidos por meio de robôs automatizados vem preocupando autoridades e especialistas. O advogado o Dr. Jonatas Lucena, referência em direito digital, afirma que os chamados bots — especialmente em plataformas como o Telegram — estão sendo utilizados para disparar ameaças, chantagens e mensagens abusivas em massa, em uma tentativa de burlar sistemas de monitoramento e dificultar a identificação dos autores.

O uso dessas ferramentas por criminosos tem se intensificado em ações coordenadas, que incluem extorsões virtuais, disseminação de fake news e ataques direcionados a grupos ou indivíduos. A automação, somada ao anonimato proporcionado por aplicativos de mensagens criptografadas, cria um ambiente de difícil controle, mas que começa a ser enfrentado com mais rigor pela Justiça brasileira.

Como funcionam os bots utilizados em ataques digitais

Esses robôs são programados para enviar mensagens pré-definidas a centenas ou milhares de usuários simultaneamente. No caso do Telegram, a abertura da plataforma para APIs e a ausência de controle rígido sobre os grupos permite a criação de canais inteiros operados por softwares autônomos, que realizam desde a coleta de dados pessoais até o envio de conteúdos ameaçadores.

O advogado o Dr. Jonatas Lucena explica que, em muitas situações, os bots são usados para ameaçar vítimas com vazamentos de dados, exposição de conteúdos íntimos ou cobrança de supostas dívidas falsas. Além disso, há registros de campanhas orquestradas com ataques simultâneos a perfis de jornalistas, políticos, ativistas e cidadãos comuns, o que configura, além de crime, uma violação dos direitos fundamentais à honra, à imagem e à integridade psíquica.

A resposta do Judiciário frente aos ataques automatizados

Apesar do desafio técnico de rastrear mensagens disparadas por robôs, o Judiciário brasileiro tem reconhecido a gravidade dessas condutas e atuado para coibir sua prática. Já existem decisões que determinam a identificação de administradores de grupos no Telegram, a quebra de sigilo de contas envolvidas e a remoção de canais utilizados para disseminar ameaças.

O advogado o Dr. Jonatas Lucena ressalta que é possível responsabilizar tanto os autores intelectuais dos ataques quanto os operadores das plataformas, quando omissos diante de notificações formais. O Marco Civil da Internet, combinado com o Código Penal e a Lei Geral de Proteção de Dados, oferece base legal suficiente para garantir medidas de urgência e punições aos envolvidos.

A Justiça está agindo contra ameaças automatizadas via Telegram, destaca Dr. Jonatas Lucena.
A Justiça está agindo contra ameaças automatizadas via Telegram, destaca Dr. Jonatas Lucena.

O que fazer se você for alvo de ameaças automatizadas

Caso receba mensagens ameaçadoras de forma automática por aplicativos como o Telegram, é fundamental não apagar o conteúdo, fazer capturas de tela, copiar os links e registrar boletim de ocorrência. Esse material servirá como prova para a instauração do inquérito e eventual ação judicial.

A orientação jurídica especializada é essencial para identificar a origem da ameaça, acionar as plataformas responsáveis e solicitar medidas protetivas. O advogado o Dr. Jonatas Lucena atua em casos de ataques automatizados com estratégias que envolvem pedidos de liminar para retirada de conteúdo, rastreamento digital e responsabilização dos autores.

Em situações graves, também é possível acionar a Justiça para garantir indenização por danos morais e exigir que as plataformas melhorem seus mecanismos de segurança e moderação.

Tecnologia e responsabilidade: os limites do anonimato digital

O avanço da tecnologia não pode significar o enfraquecimento do Estado de Direito. Ainda que o Telegram e outras plataformas prezem pela liberdade de expressão e pela criptografia, é dever legal impedir que esses espaços sejam usados como ferramenta para ameaças, extorsão ou propagação do medo.

O advogado o Dr. Jonatas Lucena reforça que o anonimato não é absoluto na internet. Com autorização judicial, é possível identificar os responsáveis por crimes cibernéticos, mesmo quando cometidos por meio de bots. O importante é que as vítimas denunciem, preservem as provas e contem com suporte jurídico para garantir seus direitos e sua segurança.

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